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NOTICIAS CAPICÚA 2002 - BRASIL

Realizamos la exposición en nuestra escuela los días 17 y 18 de octubre de 2003. Resultó un taller con profesores y tomamos una decisión importante:

 el uso de la calculadora en la enseñanza de 5.ª a 8.ª serie, con uso en actividades en laboratorio de matemáticas. Ahora estamos desarrollando ideas y actividades para todos esos alumnos.

Este año estoy trabajando con 7.ª serie y desde el inicio con calculadora simples. También tengo una clase de 1.º año de enseñanza secundaria. Trabajamos una actividad con ellos (con números reales, función polinómica de primero grado y también el uso de la maquina).

El resultado fue la aceptación por todos: mejoría en la auto-estima, participación, interese y otros indicativos de calidad. Todo este trabajo resulta del esfuerzo de nuestro grupo CAPICÚA 2002 BELÉM - PARÁ - BRASIL

Luiz Otávio Maciel Miranda

Artículo enviado el 2 de junio de 2004

O uso da calculadora na escola

            Luiz Otávio Maciel Miranda

Belém - Pará - BRASIL

Luiz@detran.pa.gov.br  ;  Miranda@amazon.com.br

 

 

“- A reunião de hoje foi proveitosa! - dizia orgulhoso o velho e prestigiado professor - Por fim decidimos erradicar de nosso Instituto essas odiosas calculadoras, ruína da educação matemática, que estavam entontecendo nossos alunos e lhes impedia de aprender corretamente os conhecimentos matemáticos! A partir de hoje efetuaremos registros de surpresa que impeçam que tragam ocultas máquinas tão horríveis, que não te deixam nem pensar. Como poderão fazer o cálculo quando não tenham uma calculadora à mão?

 

Nada poderá substituir jamais o algoritmo de sempre.”

                                                         

 (Abel Martín, 2000)

 

Uma importante aliada dos alunos e dos professores. Uma conquista! Essa visão, necessária nos dias de hoje, deve nortear nossas práticas escolares e diárias. A calculadora já é uma realidade em vários países e em alguns cantos do Brasil, sendo parte integrante da vida escolar. Tornou-se uma ferramenta indispensável em diversas situações onde se constata a realidade do vínculo ao algoritmo tradicional das operações aritméticas em detrimento ao cálculo mental.

Para reforçar esses posicionamentos, acrescentamos algumas razões para o uso do equipamento na escola:

 a) “O impacto na economia de tempo de professores e alunos evitaria a tediosa tarefa de efetuar cálculos a lápis e papel.” (Guzmán Rojas, 1979)

 b) “Não existe nenhum centro financeiro ou comercial onde vemos, em pleno século 21, sendo realizada as operações aritméticas básicas com caneta e papel.” (Antonio Adrián, 2002)

 c) “Uma ironia especial é que a maioria destas pessoas aprovam fervorosamente o uso de computadores na escola. Por que? Será porque os computadores são caros e por isso têm prestígio, enquanto que as calculadoras são muito baratas? “ (Anthony Ralston)

 d) “Utilizar adequadamente calculadoras e computador, reconhecendo suas limitações e potencialidades.” (Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN, Competências e habilidades para o Ensino Médio)

 e) “Como exemplo de uma situação exploratória e de investigação que se tornaria imprópria sem o uso de calculadora, poder-se-ia imaginar um aluno sendo desafiado a descobrir e a interpretar os resultados que obtém quando divide um número sucessivamente por dois (se começar pelo 1, obterá 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125; 0,015625). Usando a calculadora, terá muito mais condições de prestar atenção no que está acontecendo com os resultados e de construir o significado desses números.” (Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN – Ensino Fundamental)

 f) “Utilização de estimativas para avaliar a adequação de um resultado e uso de calculadora para desenvolvimento de estratégias de verificação e controle de cálculos.” (Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN – 1.ª a 4.ª série)

 A primeira calculadora foi inventada pelo matemático francês Blaise Pascal (1623 - 1662) em 1642. Era uma máquina que realizava somente as operações de adição e subtração. Possuía rodas como uma engrenagem sendo cada uma delas com suas bordas numeradas de 1 a 10. Quando se introduziam, a partir de acionamento mecânico, os números corretamente, não havia possibilidade de erro.     

Pelo tamanho do equipamento, depois de patenteado em 1649 por Pascal, se constituiu em um fracasso por ser caro demais, inviabilizando sua comercialização.

Em 1693, o matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1664 - 1716) aperfeiçoou a idéia de Pascal. Além de somar e subtrair, a calculadora de Leibniz era capaz de realizar multiplicação por repetição automática da adição, e divisão por repetição automática da subtração.

O embrião da moderna calculadora veio com a idéia de Herman Hollerith (1860 - 1929). A máquina de Hollerith utilizava cartões perfurados. Com o tempo, Hollerith fundou uma empresa que mais tarde se tornaria uma das mais importantes marcas do mundo: a International Business Machines Corporation - IBM. Em 1970, a Texas Instruments lançou à venda a primeira calculadora facilmente transportável. Empregando circuitos transistorizados, pesava um pouco mais de 1 kg e custava cerca de 150 dólares. Nos anos seguintes uma revolução tecnológica espetacular possibilitou a redução da calculadora em tamanho e preço, sendo atualmente disponibilizadas variados tipos para todos os gostos e necessidades.

De todos os modelos e marcas existentes no mercado, a chamada calculadora de bolso ou do feirante, se constitui do primeiro passo a ser estudado e, se cuidadosamente explorada revela-se uma grande ferramenta com poderes fantásticos,  capazes de motivar e despertar maior interesse pela matemática.

É importante que sejam utilizadas calculadoras alimentadas por energia solar. Além de ser uma fonte de energia limpa, deixamos de lado as tradicionais pilhas, que sempre se constituem em um problema quando substituídas.

O uso dessa ferramenta é fundamental para o desenvolvimento da disciplina, melhoria da auto-estima, autonomia, aptidões para o cálculo e independência dos alunos. A calculadora deve ser pensada e trabalhada desde a  1. ª série até o ensino superior. Ao escolhermos esta tecnologia, devemos estar conscientes dessa necessidade, bem como dispostos a mudar o paradigma do exercício, quase sempre desprovido de vínculo da resolução de problemas, e excessivamente impregnado pela cultura dos algoritmos tradicionais das operações aritméticas.

 

Referencias bibliográficas

 

ADRIÁN, A. R. M. Manifesto en contra de los algoritmos tradicionales de las operaciones Aritmeticas. Colegio Publico Aguamansa, La Orotava, Tenerife, España, 2002.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. MEC: Brasília, 1988.

RALSTON, A. Por La abolición de las matemáticas de lápis y papel. Imperial College, London.

GUZMÁN ROJAS, I. Niño. Vs. Número. Khana Cruz Srl . La Paz . Bolivia. 1979.